MEDICINA PREVENTIVA DIGITAL: Usados para prevenção e controle da pressão alta, conheça os mais populares aplicativos para monitorar e controlar uma população de hipertensos
Por Michael Kapps*
Quase 25% da população brasileira tem hipertensão ou ‘pressão alta’, segundo constação pesquisa da Vigitel – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. O problema é sério: hipertensos têm risco muito mais elevados de ter um AVC, doenças cardiovasculares e outros problemas com rins e visão.
Para gestores de saúde, seja de operadora, empresa ou setor público, a hipertensão gera custos enormes que já mostram tendências de aumentar no futuro. Então, o que pode ser feito para prevenir e mesmo lidar com a situação para os já diagnosticados?
Nesse artigo, o primeiro do nossa série sobre ‘Medicina preventiva digital’, vamos falar sobre empresas de tecnologia que estão combatendo esse problema usando inovação:
Twine Health: aplicativo de combate direto e por diversas frentes
A Twine Health é um exemplo de uma empresa inovadora que toma uma atitude multidisciplinar na ajuda às pessoas com hipertensão. A plataforma da companhia está baseada em uma série de ações que paciente precisa fazer, como uma lista. O hipertenso insere o nome dos medicamentos, define lembretes para tomar remédio, agenda consultas com médico e também integra uma pulseira que mede etapas.
Todos os dias, o ‘paciente’ tem uma lista de coisas que precisa fazer, pois criar uma ‘rotina’ consistente facilita o controle do risco. Quando ele se pratica uma ação, como tomar remédios ou tirar medidas de pressão arterial, o hipertenso insere esses dados dentro da plataforma e, ao longo de tempo, consegue avaliar seu progresso. Veja o vídeo abaixo (em inglês), o conceito é muito interessante:
Além da lista de afazeres, a ferramenta também está integrada com a equipe de cuidadores do hipertenso: médico, enfermeiras, health coaches e família, que acompanham o progresso do paciente. Além de conversar com o doente, eles também conseguem entre si; tudo via um ‘chat’.
Atuando com modelos tanto para empresas que desejam monitorar seus funcionários hipertensos quanto para os doentes diretamente, a ‘Twine Health’ fala que consegue diminuir os custos com a doença de 25 a 30%.
Outro empresas com o conceito parecido com a Twine é a Hello Heart e também a europeia AmicoMed.
Além desses aplicativos que falam diretamente com o hipertenso, existem outros que combatem áreas específicas que são relevantes para controle de hipertensão.
Aplicativos para controle de peso
Claramente, a alimentação é o maior fator influenciador no controle da hipertensão. Se o paciente se alimenta bem (menos açúcares, gorduras e menos sal) consegue diminuir seu peso e assim melhorar a sua condição. O aplicativo Myfitnesspal é, provavelmente, o mais famoso do Brasil a ajudar pessoas a contar calorias.
Também há o interessante e didático SideChef que ajuda a cozinhar de jeito saudável, com o passo-a-passo de receitas simples.
Já o DietBet recompensa financeiramente. Na plataforma, em inglês, você cria um grupo com seus amigos que querem emagrecer, faz uma aposta para perder X% de peso. Se conseguir alcançar seu objetivo, ganha o dinheiro da aposta. O contrário também é válido, se não conseguir, quem ganha são seus amigos.
O que também está bastante popular lá fora é a utilização de ”health coaches‘ (‘instrutores de saúde’, em tradução livre) por meio de aplicativos. Basicamente é um nutricionista que acompanha a dieta, quase diariamente, usando fotos e mensagens de texto – é como um nutricionista no seu WhatsApp te motivando diariamente e passando dicas de como se alimentar melhor. Os apps mais famosos com esse conceito são o Vida, o Noom e o Rise (todos em inglês).
Aplicativos de incentivo à atividade física
Tem uma montanha de apps e pulseiras para ajudar hipertensos fazer exercícios. Tem Nike+ Running, Spotify Running (o app de músicas cria playlists de acordo com o ritmo de corrida do usuário, incentivando melhores performances – pode ser integrado com o Nike+).
Tem até o Zombies, Run!, um jogo de realidade aumentada (como o Pokemon Go) onde o usuário precisa correr para evitar zumbis e completar missões (recomendamos esse!).
Há ainda o Fitnet, de exercícios para fazer em casa, e o tem Sworkit, de atividades físicas mais intensas também para fazer em casa.
Aplicativos de combate ao estresse
Muitas pessoas não sabem, mas o estresse é um fator muito agravante para hipertensos. E neste combate, provavelmente, as soluções mais promissoras são a meditação e a Yoga, ambas modalidades com ótimas opções virtuais.
O Headspace, por exemplo, é um aplicativo de alta qualidade que ensina a meditar em apenas 10 minutos diários. Ele é incrivelmente popular lá fora (é em inglês) e realmente funciona.
Existe um outro, chamado Muse que é muito mais complexo. Ele usa um aparelho (veja foto ao lado) que
consegue medir os pensamentos do seu cérebro (sim, é verdade) e identificar se você está meditando. Assim consegue-se treinar a meditar melhor – bem-vindo ao futuro!
O produto custa US$ 249 (cerca de R$ 800,00 sem impostos) e é vendido para o Brasil.
Conclusão
Usando saúde digital podemos sim enfrentar a hipertensão e retardar o crescimento desse problema. Claro, muitos dos aplicativos que mostramos não são adequados para a realidade brasileira. Nós, da Tá-Na-Hora, estamos tentando adaptar essas inovações para funcionar aqui no Brasil e (modéstia a parte) estamos tendo bastante sucesso.
Com nossa tecnologia, estamos conseguindo melhorar os comportamentos de hipertensos, como por exemplo adesão ao medicamento ou alimentação mais saudável. Ao mesmo tempo estamos fornecendo para gestores uma ferramenta poderosa para monitorar hipertensos, semana a semana.
Quer saber mais sobre a nossa solução ou fazer um brainstorm sobre hipertensão e Saúde Digital? Entre em contato: contato@ta-na-hora.com.
Aguarde o próximo artigo do nossa série ‘Medicina Preventiva Digital’.
Bacana.
Bem interessante.
Gostei.
Bacana.