Acompanhamento digital no pós-alta reduz readmissão de pacientes

Saúde Digital

Monitorar desfechos clínicos é um grande desafio no Brasil, mas o acompanhamento digital no pós-alta tem mudado esse quadro.

Por Leandro Racuia *

Acompanhar pacientes no pós-alta no Brasil é bastante complexo e na maior parte dos casos os médicos se deparam com a insuficiência de informações. A consequência é um número elevado de readmissões hospitalares dentro de 30 dias e outras complicações. Em 2005, os EUA estimavam que com idosos havia uma taxa de readmissão de 17.6% dos pacientes a um custo de $15 bilhões.

Esta situação não precisaria ser assim se as equipes médicas estivessem devidamente a par das condições de um paciente. Então, como é possível criar uma estrutura de comunicação entre pacientes e equipes médicas que seja melhor para o paciente e mais eficiente para os prestadores de serviço? Algumas startups de tecnologia já estão indo no caminho certo.

Health Loop

A Healthloop é uma plataforma tecnológica focada no engajamento e educação de pacientes antes e após de uma internação hospitalar com objetivo de avaliar continuamente o estado de saúde do paciente. Basicamente a startup criou uma nova forma de interação desde o momento em que uma pessoa faz o primeiro contato com um prestador de serviço através de smartphones.

Desde a primeira interação a pessoa recebe então algumas recomendações e no pós-alta, os cuidados são estendidos e coordenados fora do hospital por meio de mensagens. O paciente rotineiramente faz check-ins que estruturam um panorama do estado de saúde do paciente passo-a-passo. Em uma situação de risco ou complicações, os responsáveis são imediatamente notificados para planejar o melhor curso de ação.

Os números da Health Loop são impressionantes até o momento:

  • Mais de 91% das pessoas se dizem felizes e dispostas a recomendar o produto;
  • Redução de 30% das complicações no período de recuperação ou agravamento de uma doença;
  • Mais de 74% dos acompanhamentos completados em um ano.

Seamless

A Seamless também prioriza o passo-a-passo da jornada de um paciente em hospitais através da digitalização de processos na saúde. Assim, eles conseguem acompanhar o paciente desde o check-in até os últimos cuidados por meio de dispositivos móveis.

Seamless

Por intermédio do aplicativo da startup são coletados e agrupados o registro do paciente, a ordem de prioridade de atendimentos e outros componentes. Desta maneira, a Seamless proporciona uma experiência ideal para o paciente ao mesmo tempo em que é mais econômica para os prestadores de serviço.

Esta estratégia proporcionou a startup alcançar a taxa de satisfação de 99% dos pacientes que utilizaram a plataforma. Já os prestadores de serviço reportaram uma melhora de produtividade da equipe médica em 20%

Tá.Na.Hora

A Tá.Na.Hora é uma startup brasileira pioneira neste tipo de interação. Engajar, educar e monitorar pacientes através de chatbots de saúde via SMS e Facebook Messenger se tornou o core da atuação do negócio.

Através dos dispositivos móveis de pacientes, a Tá.Na.Hora envia conteúdo extremamente personalizado diretamente para os usuários, acompanhando-os em todas as etapas e situações de risco. Além disso, os programas são bastante completos, não apenas enviando mensagens unilateralmente. O objetivo é interagir e apoiar o paciente emocionalmente diante dos desafios da recuperação. Com isso, é possível avaliar integralmente o estado de saúde do paciente em diferentes momentos, engajá-lo e incentivar melhores práticas na recuperação.

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A Tá.Na.Hora tem diversos programas de acompanhamento no pós-alta. Nós lidamos com pacientes que passaram por cirurgia bariátricas, artroscopia de quadril, reconstrução de ligamentos do joelho, laparoscopia intestinal, cirurgia de catarata e muitos outros.

Logo após o procedimento nos pacientes, eles já começam a receber nossas mensagens para auxiliá-los na recuperação e coletar dados para a equipe médica responsável. Então, monitorando o nível de dor e diversos outros fatores, avaliamos o risco para cada paciente. Caso haja chance de complicações ou o quadro clínico se agrave, notificamos os responsáveis para agirem o mais rápido possível.

Nossos programas identificaram que 10% dos pacientes monitorados enviam pelo menos um alerta de risco, o que possibilitou as equipes médicas prevenirem problemas sérios. Além disso, a taxa de engajamento está em torno de 75% para todos os programas nos primeiros meses, sendo que destes, 83% relataram estar extremamente satisfeitos com o programa.

Qual o próximo passo para os desfechos clínicos?

Pelas iniciativas destas startups, é evidente o desempenho consideravelmente superior do uso de tecnologia no panorama de desfechos clínicos favoráveis. Com os dispositivos móveis, a obtenção de dados e cuidados aos pacientes se torna muito mais acessível e assim, os prestadores de serviço podem se beneficiar imensamente seja economicamente, seja na qualidade de atendimento aos pacientes. A Tá.Na.Hora está a frente neste tipo de solução no Brasil.

Se quiser saber sobre a Tá.Na.Hora, acesse nosso site ou entre em contato conosco.

* Leandro Racuia é o growth hacker da Tá.Na.Hora Sáude Digital. LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/leandroracuia/.

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