Chatbots melhoram a adesão a medicamentos em pacientes diabéticos e com HIV

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Chatbots via SMS demonstram ser eficientes no aumento da taxa de adesão a medicamentos em tratamentos longos, como de diabéticos e pessoas com HIV

Por Leandro Racuia *

O impacto da não-adesão de pacientes aos medicamentos prescritos é enorme. Principalmente para patologias como diabetes, HIV e outros tratamentos mais longos. A estimativa é que este problema cause aproximadamente 10% de todas as admissões em hospitais e seja responsável por um custo entre $100 e $289 bilhões de dólares anuais em cuidados à saúde nos EUA – decorrentes de óbitos, complicações e outros problemas.

É neste contexto que as mensagens de texto têm encontrado grande subsídio de atuação. Mas, como o envio de SMS, ou seja chatbots, de fato ajuda pacientes a continuarem o tratamento de forma correta e quais as evidências disso?

Evidências empíricas

Vendo em mais detalhe um estudo sobre HIV, o artigo do Hospital de Philadelphia observou como o envio de mensagens aos pacientes com a doença impactaria na adesão ao tratamento. No período de 12 a 24 semana, jovens de 14 a 29 anos foram monitorados quanto a adesão ao tratamento. O estudo alcançou uma taxa de retenção de 84% dos participantes e 95% destes afirmaram que este tipo de intervenção colaborou para que eles prosseguissem com o tratamento e evitou com que eles esquecessem de tomar a medicação.

Em outra publicação da Psychiatry Research, um grupo de pacientes esquizofrênicos foi acompanhado durante 6 meses por SMS. De acordo com os pesquisadores, pacientes recebendo SMS tiveram uma taxa de adesão ao tratamento significativamente maior do que o grupo controle. Os indicadores gerais de sintomas relacionados a doença melhoraram e a atitude sobre a medicação também se mostrou positiva. Ainda pela mesma pesquisa, embora seja necessário aprofundar os estudos no tema, o uso de SMS se mostrou viável e convincente.

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Por último, o estudo do International Journal of Medical Informatics sobre diabetes tipo 2. Para um período de 6 meses, os pacientes que foram acompanhados via SMS apresentaram muito mais aderência aos medicamentos. Para mensagens no intervalo de uma e quatro horas do momento da medicação, 11% a mais de pacientes tomaram a medicação. No geral, a perda de uma dose da medicação é 4% menor para diabéticos tipo 2 monitorados via SMS. Sendo que, a maioria dos pacientes relatou ter tido uma experiência positiva com o monitoramento em tempo real e os lembretes.

Qual a visão dos pacientes sobre o envio de SMS?

Pela junção das pesquisas mencionadas acima, o envio de SMS traz aos pacientes a sensação de cuidado personalizado. Eles se sentem mais motivados por entenderem que há alguém cuidando deles intimamente. Além disso, estando constantemente em contato, os pacientes se conscientizam da importância da medicação no tratamento. Outro fator é que os pacientes estão mais bem informados sobre a medicação, o que significa que fazem uma gestão melhor dos efeitos colaterais dos remédios e por isso, tendem a persistir no tratamento.

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Fonte: Bain Brief by Chuck Farkas and Tim van Biesen

Conclusão

O uso de chatbots no relacionamento com pacientes encontrou evidência científica de eficácia. Embora seja reconhecido que há muito a avançar na interação com paciente, de antemão já existe um indicador poderoso deste tipo de ferramenta no cuidado à saúde. Pacientes sentem-se mais cuidados e organizações gerenciam melhor os riscos à saúde das pessoas com as quais estão envolvidas. No Brasil, a Tá.Na.Hora está atuando consistentemente neste cenário e está a frente na implantação de novas tecnologias.

Se você quer saber mais da Tá.Na.Hora, entre em contato conosco ou acesse nosso site.

* Leandro Racuia é o growth hacker da Tá.Na.Hora Sáude Digital. LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/leandroracuia/. 

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