Quanto você quer pagar por uma inovação? Depende?
Por Leandro Racuia *
Gestão da inovação é clichê! A grande questão agora é: o quanto devo cobrar ou pagar por uma inovação?
Para discutir sobre os preços das inovações, serão usados dois elementos principais: uma equação para o peso econômico e um exemplo de chatbots para ilustrar.
- Equação: Preço da inovação = funcionalidades + nível de solução do problema
- No exemplo: Preço_chatbots = funcionalidades + solução do problema (inovação)
Pago só o valor do que o produto faz?
Para planejar e criar um chatbot, vários departamentos trabalham juntos. Uma simplificação seria repartir o bot em três partes principais: tecnologia; experiência; negócio.
Começando pela tecnologia, a primeira questão é como operacionalizar o robô e o time de desenvolvimento de software é responsável por essa frente. Aqui, é necessário definir qual será a plataforma em que o robô será hospedado e quais as suas principais funcionalidades. Por exemplo, se ele vai funcionar no Facebook Messenger ou no Whatsapp, e quais as implicações de cada canal escolhido. Outro exemplo é qual o sistema cognitivo por trás da inteligência artificial, como Watson da IBM ou Dialogflow do Google.
Outra área importante é a construção de todo o contexto do bot. A área de User Experience é responsável por criar uma experiência rica para o usuário. No caso de chatbots, isso se dá através de conversas. Sendo que o ponto de partida da equipe é a demanda do mercado e dos usuários. Depois vem o planejamento de recursos, prazos, e prioridades. Em seguida está a etapa de criação do bot, desde a pesquisa e produção em busca do conteúdo mais valioso até a linguagem mais engajante (veja como criar um bot em 4 passos aqui).
Tecnologia e UX integradas definem o perfil do chatbot. Por exemplo, estruturar um assistente virtual de saúde, com embasamento clínico, regulamentado e alto padrão de segurança da informação exige soluções muito mais elaboradas comparado a bots mais básicos.
Por último, está a área de negócios para chatbots. Para viabilizar os projetos, há uma equipe focada na implementação, suporte e gestão da performance dos chatbots. Essa equipe de profissionais realiza o acompanhamento de indicadores para avaliar resultados e proporcionar tomadas de decisão mais rápidas. A gestão de dados permite criar interações mais engajantes ao mesmo tempo que cria a força para a melhoria contínua do produto.
Quanto vale a solução do problema?
Agora a ideia é aprofundar a visão de valor para um produto. O que realmente dirá se uma inovação é melhor que outra? Resultados? Talvez. Porém, o que de fato vai mensurar o alcance dos objetivos é se solucionou um problema.
Atualmente chatbots são principalmente usados no mercado para: vendas menos complexas (ex:pedir uma pizza); para relacionamento; ou SAC. Normalmente a dor está na redução de custos e maior eficiência no relacionamento com clientes. A dúvida é: qual problema o chatbot deve resolver?
Analisando em perspectiva o setor de saúde, a busca por soluções se concentra em parar a escalada dos custos em saúde. Mais pessoas doentes, serviços de alta complexidade, entre várias outras questões. A maior parte das soluções se concentra no ganho de eficiência ou otimização de recursos. Não necessariamente liquida o problema.
Uma das soluções realmente efetivas consiste em fazer prevenção em saúde. Promover hábitos mais saudáveis. Evitar complicações de saúde e identificar riscos precocemente. Um chatbot consegue fazer tudo isso e realmente cuidar da saúde, não da doença. Quando comparado a chatbots que só realizam atendimento via SAC, há uma diferença absurda no nível de solução e de inovação.
Ao pensar em preço da inovação, considerar só funcionalidades significa arriscar uma solução que não contempla a totalidade dos objetivos. Por outro lado, focar apenas em resultados pode limitar a mensuração do valor da solução. Portanto para precificar uma inovação, é necessário entender profundamente um problema e o quão longe a solução escolhida pode ir. Nesse caso, é importante lembrar que valor e preço são coisas diferentes, mas que se conversam.
Para saber mais sobre como inovação em prevenção e promoção de saúde e o quanto valem essas soluções, procure pela especialista de chatbots em saúde, a TNH Health.